Como Lidar com uma Criança com Epilepsia. Ao nos depararmos com situações inusitadas, inéditas e, por vezes, assustadoras, a princípio, podemos não conseguir lidar com elas. Mas depois de estudos, momentos de reflexão e para tirar dúvidas, por exemplo, vamos acalmando e conseguindo manejar melhor o que precisamos.

E o mesmo tende a acontecer com os pais e/ou responsáveis quando os pequenos são diagnosticados com epilepsia ou até mesmo antes da confirmação do diagnóstico. E para ajudar-lhes ainda mais diante desses episódios, separamos algumas dicas que podem facilitar o dia a dia de vocês e proporcionar melhor qualidade de vida para o seu pequeno.

Formas de Lidar com uma Criança com Epilepsia

Um dos primeiros passos é consultar um especialista para diagnosticar a condição do seu / sua filho(a). Mas se já tiver passado dessa etapa, é fundamental conversar com o profissional de sua confiança e tirar todas as dúvidas para garantir maior controle das crises.

Outras medidas aconselháveis envolvem:

  • Conhecer as opções de tratamento existentes para a criança;
  • Ensinar o pequeno a gerenciar o seu quadro, incentivando cada vez mais a sua independência e qualidade de vida;
  • Monitorar os fatores que possam desencadear as crises;
  • Se preparar para possíveis emergências, efeitos colaterais e comentários de terceiros;
  • Trocar experiências com outros pais e/ou responsáveis que passam por uma situação semelhante ou que têm histórias para dividir;
  • Informar a escola sobre a condição ou procurar uma que esteja preparada para receber seu / sua filho(a);
  • Certificar de ter uma rede de apoio familiar, pessoal e profissional – se necessário, ensine o que deve ou não ser feito para ajudar;
  • Verificar os consultórios e hospitais que atendem a criança de acordo com a faixa etária;
  • Buscar ajuda profissional, se necessário, para conseguirem lidar com as suas emoções em relação ao filho / à filha.

Além disso, é fundamental apoiar a criança. E muitas vezes, ações simples já auxiliam o seu pequeno, tais como:

  • Mantenham um canal aberto para o diálogo, ou seja, ouçam o que tem a dizer, conversem sobre os sintomas – que listamos a seguir –, as emoções, se ele se sente seguro e apoiado pelas pessoas que o cercam;
  • Ajudem a entender a epilepsia conforme a sua capacidade de absorver as informações e, se preciso, solicite a ajuda de um especialista para saber qual é a melhor forma de explicar para a criança;
  • Incentivem a brincar, explorar o ambiente em que está inserida, a se desafiar e ter responsabilidades como qualquer outra;
  • Tornem as idas às consultas médicas mais leves – incluindo os dias de fazer exames, ir aos hospitais e até mesmo a necessidade de tomar medicamentos.

Pesquisem brinquedos e experiências que estimulem o pequeno a lidar com a epilepsia, a se desenvolver em outras áreas e a crescer com qualidade de vida, por exemplo;
Destaquem todas as características que vão além da condição clínica do pequeno para que interiorize que ele não se resume à epilepsia.

Sintomas da Epilepsia Infantil

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A epilepsia é uma doença crônica caracterizada pela repetição de crises epilépticas ao longo da vida, que costumam durar de poucos segundos a cinco minutos e, por isso, podem passar despercebidas – especialmente, quando se trata de uma crise de ausência, o que acaba dificultando o diagnóstico.

E é comum relacionarmos uma crise epiléptica a uma convulsão. Porém, as crises têm diversas formas e podem se iniciar com parada comportamental, sensação de formigamento no braço (ou em outras partes do corpo), movimentação involuntária e repetitiva dos membros, intensa rigidez muscular de curta duração, entre outras.

Diagnóstico da Epilepsia na Criança

Como a epilepsia é um diagnóstico amplo, existem vários subtipos de epilepsias e muitos deles ocorrem na infância. Entre eles, podemos destacar a epilepsia ausência da infância e a epilepsia com descargas centro-temporais da infância, que são as entidades mais comuns nessa faixa etária. Essas epilepsias precisam ser tratadas, mas costumam melhorar com o amadurecimento da criança.

O diagnóstico adequado da epilepsia é feito através de uma boa história das crises (anamnese), avaliação de vídeos de crises, um exame neurológico, uma avaliação do eletroencefalograma e, em alguns casos, avaliação de exames de imagem (ressonância magnética ou tomografia).

Tratamento da Epilepsia Infantil

O tratamento da epilepsia deve ser indicado por um médico especialista em Neuropediatria após a investigação do quadro.

Sabemos que mais de 60% das crianças com epilepsia têm suas crises controladas com uma ou duas medicações anticrise. E somente diante de quadros de crises resistentes aos tratamentos serão necessárias diferentes abordagens, como a cirurgia, a implantação de um estimulador de nervo vago, a dieta cetogênica e o uso de canabidiol.

E é importante lembrar que é fundamental marcar uma avaliação neurológica caso seu / sua filho(a) apresente sinais de uma crise epiléptica. Afinal, postergar o tratamento médico pode significar prejuízos à saúde neurológica da criança e ao seu desenvolvimento de um modo geral.

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