Salivação Excessiva. Qualquer novidade e descoberta do mundo das crianças é motivo para euforia, desespero ou ambos. Um exemplo destes dois universos é a Salivação Excessiva, em que você precisa ficar trocando a roupa da criança toda hora, o que só faz a pilha na lavanderia aumentar, já que a encontra sempre molhada.

Porém, para o susto de vocês, a criança começa a engasgar e até apresenta dermatite em volta da boca, então, logo começam a arrumar a mala dela para correr ao Pronto Atendimento mais próximo. Ao chegar lá, vem o alívio: é só mais uma condição normal e que fará parte da vida da família por um tempo. Mas será que a reação de vocês seria a mesma, caso ela estivesse em outra faixa etária?

Continue acompanhando este artigo para saber mais sobre a Sialorreia e Quando a Salivação Excessiva é Motivo de Preocupação.

O Que é a Sialorreia (Salivação Excessiva)?

A Sialorreia ou hipersalivação é uma condição médica em que acontece uma salivação excessiva, oriunda do aumento da sua produção, da fraqueza ou da falta de coordenação da musculatura da face, da garganta, da boca ou da língua. E este tipo de situação costuma ser comum em crianças de 01 a 03 anos de idade, período em que ainda não têm controle dos músculos responsáveis pelo movimento da deglutição.

Porém, quando ela se estende após o pequeno completar 04 anos de vida, é considerada uma anomalia crônica e a incidência é ainda maior, podendo chegar a 80%, em pacientes com algum tipo de doença neurológica. Logo, deve-se procurar a ajuda de um especialista para que ele possa avaliar melhor o quadro do seu filho.

Possíveis Causas da Salivação em Excesso

Os fatores desencadeadores da salivação excessiva podem ter relação com:

    • Aftas na mucosa bucal;
    • Resfriados;
    • Nascimento dos dentes de leite;
    • Problemas respiratórios;
    • Refluxo;
    • Alergia nasal;
    • Gengiva avermelhada, inchada e irritada.
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Já nos casos dos pequenos diagnosticados com algum problema neurológico, ela pode ser ocasionada por:

  • Paralisia cerebral;
  • Derrame ou Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  • Miopatias (doenças musculares)
  • Dentre outros.

Sialorreia e as Formas de Tratamentos

O tipo de tratamento a ser escolhido pelo médico depende dos sintomas apresentados pelo pacientes, como ter ou não relação com a disfagia, que é uma dificuldade e/ou alteração ao engolir e o horário em que a salivação em excesso acontece, por exemplo. A partir disso, o médico pode optar entre:

  • Terapias conservadoras, que envolvem:
    • Posicionamento adequado;
    • Fonoterapia;
    • Reabilitação oral;
    • Uso de aspiradores portáteis para os casos mais severos.
  • Radioterapia para quem não pode ser operado ou tomar o remédio – Mas, este tipo de abordagem deve ser feito a cada 05 anos, que é o seu tempo estimado de duração;
  • Uso de fármacos, em que os efeitos colaterais agem como anticolinérgicos, para a redução da produção de saliva;
    Cirurgia, nos casos dos pequenos que apresentam sintomas refratários, ou seja, em que os medicamentos não fazem mais efeito como o esperado;
  • Aplicação de Toxina Botulínica do tipo A, para o controle da produção de saliva.

Quando não tratada, nos casos mais extremos, a Sialorreia pode causar consequências, como fissuras na face, complicações clínicas e funcionais, sequelas nos campos físicos e psicossociais. E ainda pode impactar negativamente a qualidade de vida, tanto da criança, quanto de seus pais, responsáveis e cuidadores, por exemplo.

O Que Fazer Para Ajudar a Criança?

Nos casos mais comuns, que vão até os três anos, a salivação costuma cessar sozinha. Mas existem algumas atitudes que podem ser tomadas pelos pais, que podem ajudar a evitar a Sialorreia, por meio da estimulação dos músculos da face, como:

  • Oferecer alimentos mais sólidos e de menor acidez;
  • Incentivar a mastigação;
  • Posicionar a criança em uma postura adequada e que favoreça o controle do tronco e da cabeça;
  • Colocar o bebê para fazer exercícios que estimulem a permanecerem com os lábios fechados;
  • Dentre outros.
  • Para mais informações, marque uma consulta com seu pediatra e neuropediatra de confiança.

Referência: AboutKidsHealth

Neurologista Infantil SP - Compartilhe!