Você está tranquilo em casa, aproveitando mais um dia com a família reunida, quando de repente, tudo acontece em câmera lenta: você percebe que o seu filho perdeu a consciência do que está ao seu redor, por causa do olhar vago que ele apresenta, ele cai no chão, fica com os braços e as pernas enrijecidos, e em seguida, passa a se debater, ou seja, ele começa a apresentar um quadro de ataque epiléptico.

A partir daí o seu cérebro entra em estado de alerta, você começa a pensar em várias coisas para ajudar o seu filho, custe o que custar. Então começa a ter reações instintivas, afinal você só deseja protegê-lo, mas não sabe muito bem o que fazer.

Nestas horas pode ser difícil perceber que o seu pequeno está apresentando um quadro de crise epiléptica e que, dependendo da sua reação, você poderá ajudar ou atrapalhar, podendo até mesmo agravar as condições do seu filho.

Continue acompanhando este artigo para saber mais sobre os principais sinais de crises epilépticas em crianças, quais são eles e o que fazer a respeito.

O que São Crises Epilépticas?

Uma crise epiléptica é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, devido a uma atividade neuronal excessiva. Os sinais ou sintomas incluem fenômenos anormais súbitos como alterações da consciência ou eventos motores, percebidos pelo paciente ou por um observador.

A Epilepsia, por sua vez, é um transtorno do cérebro caracterizado por uma predisposição duradoura a ter crises epilépticas. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), ela atinge mais de cinquenta milhões de pessoas no mundo, das quais cerca de três milhões são os brasileiros.

Epilepsia em Crianças – Quais são os Tipos?

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Existem diversos tipos de Epilepsia em Crianças, conforme pode ser consultado a seguir:

  • Síndrome de West ou Espasmos Infantis: é um tipo de Epilepsia que se inicia no período entre o 3º e o 12º mês de vida, e pode durar até os quatro anos de idade. Suas principais características são os espasmos, que duram alguns segundos e mantém uma sequência, e o enrijecimento dos membros superiores e inferiores, principalmente após a criança acordar;
  • Síndrome de Doose ou Epilepsia Mioclônica Astática (MAE) da Infância: é mais comuns nas crianças entre um e cinco anos de idade, e caracteriza-se por convulsões generalizadas, ataques de queda e convulsões;
  • Epilepsia Rolândica Benigna: representa cerca de 15% dos casos de epilepsia infantil e seus indícios são abalos musculares repetitivos, dormência ou formigamento na região do rosto, cuja duração pode chegar a dois minutos. Tudo isso acontece na faixa dos seis aos oito anos, enquanto o pequeno permanece consciente;
  • Síndrome de Lennox-Gastaut (LGS): costuma atingir crianças entre os dois e os seis anos e é caracterizado por convulsões e por atrasos no desenvolvimento;
  • Epilepsia Mioclônica Juvenil (EMJ): é representada por movimentos rápidos dos braços, dos ombros ou das pernas, principalmente após acordar.

Epilepsia em Crianças – Os Sintomas

Os sintomas da Epilepsia em Crianças podem variar de acordo com cada tipo de Epilepsia, mas em geral, costumam ser representados por:

  • Perda e/ou alteração da consciência;
  • Movimentos descontrolados nas mãos e nas pernas;
  • Abalos musculares;
  • Olhar vago;
  • Dentre outros.

Epilepsia em Crianças – Os Tratamentos

Os tratamentos da Epilepsia em Crianças variam de acordo com o tipo de distúrbio que a criança tem. As crises podem ser controladas com medicações, dieta cetogênica e até mesmo intervenções cirúrgicas, nos casos de identificação de um foco epileptogênico, ou seja, o local em que se origina a descarga que desencadeia a convulsão.

Neurologista Infantil SP - Compartilhe!