Dislalia – Conheça Melhor este Transtorno da Linguagem: Certamente você já deve ter lido um gibi, uma tirinha, ou visto algum desenho da turma da Mônica, onde o personagem Cebolinha costuma trocar as letras “R” e “L”. Esse distúrbio pode acontecer na vida real e atinge tanto crianças quanto adultos.

Durante a primeira infância, por não conhecer as palavras e fonéticas corretas, é comum que a criança comece a falar errado, trocando algumas letras e até mesmo inventando novas combinações; entretanto, se isso sair do controle, podemos estar falando da chamada Dislalia. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre esse distúrbio da fala.

Dislalia – O Que É?

A dislalia configura um distúrbio da fala em que a criança sente dificuldade em articular corretamente as palavras. Apesar de ser normal que uma criança apresente certa dificuldade em pronunciar corretamente algumas palavras, quando isso se estende após os 4 anos de idade, é aconselhado que ela passe com um neuropediatra para obter o melhor diagnóstico.

O distúrbio, tipicamente conhecido pela troca de letras, também pode caracterizar-se pela omissão de letras; assim, a criança afetada poderá falar “biito” ao invés de bonito, “tebisão” para televisão, “peto” para a cor preta, “balata” para barata, “lato” para rato, e assim por diante.

Dislalia – Causas

Diversas causas podem levar ao desenvolvimento da dislalia, sendo elas:

  • Lábio leporino;
  • Histórico de infecção congênita na família;
  • Falta de oxigenação cerebral durante o parto;
  • Icterícia;
  • Meningite;
  • Alterações emocionais;
  • Herança genética;
  • Paralisia cerebral;
  • Hidrocefalias;
  • Síndromes de Down, Williams e distrofia muscular progressiva de Duchenne;
  • Alteração na arcada dentária;
  • Dificuldades respiratórias;
  • Enfermidades do sistema nervoso central.

Dislalia – Tipos

Existe um total de quatro tipos conhecidos de dislalia, que podem variar de acordo com as causas do problema. São eles:

  • Dislalia Evolutiva: É a fase considerada “normal”, que pode durar até os quatro anos da criança e geralmente some de maneira natural.
  • Dislalia Funcional: Ocorre quando há substituição de uma letra por outra na hora da fala, acrescentando ou distorcendo o som da palavra.
  • Dislalia Audiógena: Ocorre em casos de deficiência auditiva, onde a pessoa não consegue repetir o som.
  • Dislalia Orgânica: Ocorre quando o cérebro da criança é lesionado, impedindo a fala correta. Este tipo pode surgir também quando existem alterações estruturais na boca ou na língua, que dificultam a pronúncia.
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Vale ressaltar que não se deve falar errado com a criança. Caso ela faça uma pronúncia incorreta, é recomendado que você a corrija sutilmente, pois incentivar a fala errada pode estimular o desenvolvimento do transtorno de linguagem.

Dislalia – Tratamento e Prevenção

Após ser diagnosticada por um profissional especializado, a criança receberá o tratamento adequado, de acordo com a causa apontada pelo médico responsável. As medidas adotadas variam de sessões de fonoaudiologia – para melhorar a fala, desenvolver técnicas que facilitem a linguagem, a percepção e interpretação dos sons, e estimular a capacidade de elaborar frases – até uma avaliação com Otorrinolaringologistas ou psicólogos.

Nos casos de dislalia que envolvem problemas neurológicos em sua origem, o tratamento também deve incluir psicoterapia. Já nos casos associados a problemas de audição, pode ser necessário o uso de aparelhos auditivos.

Para prevenir o surgimento e a evolução do distúrbio da fala, é recomendado que os pais ou responsáveis que convivem com a criança não achem graça de seu jeito de falar, nem ridicularize-a por conta da sua pronúncia errada, pois isso pode reforçar o problema ou criar um sentimento de inferioridade.

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