Meu filho convulsionou. A convulsão febril pode gerar certo desespero na maioria dos pais. Veja neste artigo, orientações sobre o que fazer neste momento.
A epilepsia infantil é um distúrbio crônico que atinge aproximadamente 10% das crianças, provocando uma série de crises epilépticas que afetam diretamente a qualidade de vida desses pequenos pacientes.
Convulsões na infância podem ser acompanhadas ou não de febre, sendo que esses dois tipos podem ter diferentes causas.
Se seu filho teve uma convulsão em um momento de febre (independente se alta ou baixa), provavelmente estamos falando sobre uma convulsão febril, que não é considerada um episódio epilético.
Meu Filho Convulsionou – O Que Fazer
Convulsões nas Crianças – Saiba Mais
Episódios de convulsão podem se desencadear a partir dos 6 meses até mais ou menos os 6 anos de idade, sendo mais frequentes até os 3 primeiros anos da criança. Quanto mais cedo um episódio de ataque epiléptico acontece, maiores são as chances da criança voltar a convulsionar por febre.
Crise Convulsiva
Na maioria das vezes, as crises convulsivas são curtas e não necessitam de medicação para serem revertidas. Porém, é aconselhável levar a criança ao pronto-socorro assim que o episódio começar, para que os médicos possam investigar o motivo da febre. Controlando o quadro infeccioso, conseguimos prevenir novas convulsões.
Meu Filho Convulsionou – Tratamento
O principal tratamento para convulsões febris é evitar que a criança tenha febre. Procure um Neuropediatra para maiores explicações.
Se mesmo com os devidos cuidados, a criança voltar a ter crises convulsivas, deixe-a com menos roupa possível, proteja a cabeça com uma almofada mole e tire do alcance possíveis objetos que possam machucá-la. Em seguida, embeba uma esponja em água fria e passe na criança, começando pela cabeça e seguindo por todo corpo.
Nunca dê remédios, ou líquidos para a criança quando ela estiver em crise, pois pode haver o risco de inalação para os pulmões.
Quando a temperatura da criança estiver se normalizando, as convulsões vão cessando. Neste momento é recomendado que você procure um médico para que ele auxilie nos próximos passos.
Já a convulsão sem febre ou sem um quadro infeccioso vigente necessita de cuidados e uma investigação um pouco mais detalhada. Cerca de metade das crianças que apresentam esse episódio convulsivo nunca mais terão outra convulsão. Assim, esse episódio não caracteriza epilepsia.
Porém, se a criança já apresentou duas convulsões sem febre até seus seis anos de idade, deve-se procurar um Neuropediatra para iniciar a investigação e o tratamento necessários para epilepsia.
Epilepsia Infantil
A epilepsia infantil impacta de diferentes formas o desenvolvimento social e cognitivo de cada criança. Enquanto algumas apresentam poucas dificuldades, outras desenvolvem complicações nos processos de comportamento, aprendizagem e desenvolvimento de habilidades intelectuais.
Além disso, estão mais predispostas a apresentar insegurança, imaturidade, dependência, irritabilidade, nervosismo e baixa autoestima, do que crianças sem epilepsia.
Como Saber se Meu Filho Tem Epilepsia?
Se seu filho apresentar duas ou mais crises convulsivas sem desencadeantes, como a febre, perder a consciência momentaneamente ou apresentar sudorese excessiva, com movimentos anormais e alterações orais, é aconselhado procurar um Neuropediatra.
O desenvolvimento de procedimentos especializados e o aumento na variedade de fármacos antiepilépticos vêm ampliando as possibilidades de tratamento para epilepsia infantil.
Originalmente publicado em: 17 maio, 2017