A epilepsia infantil é de um distúrbio crônico que atinge de 5 a 10 em cada 1000 crianças, provocando uma série de crises epilépticas que afetam diretamente a qualidade de vida desses pacientes. A maioria dos pacientes com epilepsia apresentam sintomas antes dos 20 anos e, em mais da metade dos casos, a doença se manifesta na infância.
Epilepsia Infantil
A infância é uma etapa importantíssima da vida, pois engloba a maior parte do período de desenvolvimento das habilidades cognitivas e sociais do ser humano. Por isso, crianças que sofrem de epilepsia infantil carecem de uma atenção especial, pois podem enfrentar distúrbios permanentes de comportamento e de aprendizagem.
Consequências Comportamentais da Epilepsia Infantil
A epilepsia infantil impacta de diferentes formas o desenvolvimento social e cognitivo de cada criança. Enquanto algumas apresentam poucas dificuldades, outras têm uma variedade de complicações nos processos de comportamento, aprendizagem e desenvolvimento de habilidades intelectuais.
Há uma grande incidência de transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, depressão infantil, transtornos de ansiedade e deficiência intelectual nas crianças com epilepsia, além de possíveis dificuldades escolares.
Além disso, essas crianças estão mais predispostas a apresentar insegurança, imaturidade, dependência, irritabilidade, nervosismo e baixa autoestima, do que crianças sem epilepsia.
Tratamento da Epilepsia Infantil
O tratamento tradicional da epilepsia foca mais nos aspectos neurológicos do distúrbio. Assim, seu principal objetivo é controlar e reduzir a incidência das crises epilépticas.
O tratamento medicamentoso é realizado por um neuropediatra. Esse médico é capaz de prescrever a medicação mais adequada para cada criança, assim como indicar outras possibilidades de tratamento, garantindo a melhoria no desenvolvimento das habilidades cognitivas e comportamentais da criança e em sua qualidade de vida.
O desenvolvimento de procedimentos cirúrgicos e o aumento na variedade de drogas antiepilépticas vêm ampliando as possibilidades de tratamento para epilepsia infantil.
Comportamentalmente, a avaliação neuropsicológica é fundamental na criança com epilepsia que já está em idade escolar. Ela consegue identificar transtornos comportamentais e, também, impactos das medicações utilizadas no controle das crises. Esse exame pode ajudar o neuropediatra escolher a medicação que causa menos impacto no aproveitamento escolar e na qualidade de vida da criança.
Referência: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1999000100007&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
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