Epilepsia de Difícil Tratamento na Infância. Movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, perda de consciência, confusão mental, lapsos de memória, desmaios, rigidez no corpo, tremores, desconforto estomacal, ausência, dentre outros. Você já identificou alguns destes sintomas no seu pequeno?

O desespero surgiu e logo que possível, arrastou a criança para o hospital. Após horas de espera, uma longa conversa e a realização de exames, o diagnóstico veio: crise epiléptica. Vocês ficam desesperados e saem logo comprando todos os medicamentos prescritos, mas, para a surpresa de todos, nada funciona.

No momento em que esse tipo de situação acontece, ou seja, quando o pequeno faz tratamento para controlar as crises, mas não obtém melhoras, é sinal de que o medicamento parou de cumprir com o seu papel ou ele apresentou efeitos colaterais graves que fizeram com que tivesse dificuldades para continuar o seu uso. Quando isso acontece é porque a criança pode ter uma Epilepsia refratária à medicação.

Continue acompanhando este artigo para saber mais sobre quando a Epilepsia é considerada refratária à medicação durante o período da Infância.

Epilepsia de Difícil Tratamento na Infância

Epilepsia Refratária à Medicação na Infância – O que é?

As crises epilépticas refratárias, descontroladas ou resistentes a medicamentos, como também são conhecidas, atingem uma a cada três pessoas com epilepsia, principalmente, no caso de crianças diagnosticadas com: espasmos infantis (Síndrome de West), Síndrome de Lennox-Gastaut ou Epilepsia Mioclônica Juvenil (EMJ – contração breve de um músculo ou de um grupo deles).

Diagnóstico

O diagnóstico é feito exclusivamente por um neuropediatra ou por um epileptologista, que só irá oficializar essa alteração do funcionamento cerebral, após o uso de dois medicamentos específicos para o tratamento, que não controlarem completamente as crises. Isso, porque as chances de um terceiro medicamento funcionar adequadamente são baixas.

Tratamento

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Devido ao fato de o tratamento convencional não funcionar, os médicos recomendam uma dieta especial, como é o caso da cetogênica, que é rica em gordura e pobre em carboidratos, por exemplo. Veja como funciona a Dieta Cetogênica no Tratamento de Epilepsia.

Em outros casos, há as possibilidades de uma cirurgia ou de uma Estimulação do Nervo Vago (VNS), uma técnica em que há o implante de um dispositivo para que haja o estímulo direto do nervo, por meio de energia elétrica no cérebro.

Saiba mais sobre Quando Considerar o Tratamento de Cirurgia para Epilepsia na Infância.

Epilepsia de Difícil Tratamento na Infância – Dicas Para Ajudar a Criança

Independentemente da opção escolhida juntamente com o profissional, é importante se certificar de que o pequeno está tendo uma boa noite de sono, de que não está passando por estresse excessivo, de que ele está tomando os medicamentos prescritos, dentre outros conselhos que podem ajudar a criança a ter uma vida melhor.

Sem contar que no momento da consulta, é fundamental que você conte tudo o que considerar anormal ou quando a criança estiver tendo comportamentos fora do habitual. Além do mais, quando o pequeno estiver apresentando uma crise, é importante:

  • Colocar a pessoa deitada de lado, em lugar confortável, afastando objetos com que ela possa se machucar;
  • Colocar uma toalha ou um casaco dobrado debaixo da cabeça para proteger;
  • Levantar o queixo para facilitar a passagem de ar;
  • Caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
  • Deixar a pessoa descansar após a crise passar;
  • Nunca segurar a pessoa;
  • Não dar tapas;
  • Evitar jogar água.

Procure seu médico de confiança caso se identifique com os sintomas abordados no texto. Um neuropediatra especializado pode ser capaz de amenizar a doença em seu filho.

Referência: KidsHealth

Neurologista Infantil SP - Compartilhe!