Estimulação do Nervo Vago em Crianças. Depois de muitas consultas com diferentes profissionais e de inúmeras noites mal dormidas, vocês ainda estão na dúvida sobre a decisão que precisam tomar. Para tentar ajudá-los e a outros pais e/ou responsáveis que se encontram em uma situação parecida, resolvi escrever este artigo.
Agora, pensando em uma resposta para a pergunta do título, primeiramente é preciso deixar claro que, independentemente da idade da pessoa, qualquer cirurgia só pode ser realizada após a consulta com um especialista e uma conversa com todos os envolvidos (desde profissionais a paciente e seus familiares) para entender se esta é realmente a melhor solução para o caso em questão.
Dito isso, continue a leitura deste artigo para entender do que se trata a Cirurgia de Estimulação do Nervo Vago e se ela Pode Ser Realizada em Crianças.
Estimulação do Nervo Vago em Crianças
Definindo o Termo de Epilepsia
Se você chegou até aqui não tem motivos para eu ficar enrolando. Mas como conhecimento nunca é demais, vou dar uma breve introdução do que é a Epilepsia, caso ainda tenham dúvidas sobre isso também.
A crise epiléptica se trata de uma alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral. Ela ocorre quando as células cerebrais começam a exercer atividades excessivas e anormais (enviando sinais incorretamente), por alguns segundos ou minutos.
Sem contar que as crises podem se repetir por intervalos variados e se manifestar através de alterações da consciência ou de eventos motores, sensitivos, sensoriais, autonômicos ou psíquicos involuntários.
Estimulação do Nervo Vago
Agora, sobre a Terapia de Estimulação do Nervo Vago (Terapia VNS), ela chegou ao Brasil no ano 2000, quase uma década após a disponibilização à pacientes com Epilepsia Refratária na Europa, e somente depois de ser registrada pelo Ministério da Saúde / ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Este tipo de abordagem é indicado para crianças que sofrem de epilepsia clinicamente intratável.
Além disso, a terapia só é feita quando já houve a tentativa de tratar a epilepsia por meio de medicamentos anticonvulsivantes – mas sem sucesso devido à resistência aos remédios –, e após uma decisão de comum acordo entre os profissionais que estiverem à frente do caso e os pais ou responsáveis pelo menor.
Por meio desta técnica, espera-se, na maioria dos casos, reduzir a frequência das crises e diminuir a necessidade de hospitalizações. Além disso, a Terapia de Estimulação do Nervo Vago também apresenta outros pontos positivos, como:
- Poder acompanhar todos os dias, por meio da terapia programada, a evolução do quadro do paciente;
- Efeitos colaterais mínimos;
- Proporcionar ao pequeno uma sensação de controle da sua própria vida;
- Oferecer benefícios duradouros;
- Ajudar no desenvolvimento mental;
- Possibilitar uma melhoria na qualidade de vida.
Mas, para isso acontecer, é implantado um dispositivo que envia sinais elétricos intermitentes ao cérebro, para que ele interrompa as crises.
Demais Formas de Tratar a Epilepsia
O intuito do tratamento da epilepsia é proporcionar um controle melhor das crises, com os menores efeitos colaterais possíveis ao paciente, para que assim ele seja capaz de: estudar, aprimorar as habilidades de aprender e integrar-se socialmente, por exemplo.
Para isso, existem outras formas de tratar (interromper ou reduzir o número de convulsões apresentadas pela criança) a epilepsia além da Terapia de Eletroestimulação do Nervo Vago, que incluem:
- Medicamentos anticonvulsivantes: são utilizados de modo a evitar as descargas elétricas anormais do cérebro, que são os responsáveis pelas crises apresentadas pelos pequenos. O seu uso deve ser feito conforme a prescrição médica, já que não apresenta um efeito imediato, com exceção dos remédios de emergência;
- Cirurgia para epilepsia: este tipo de abordagem é usado quando as convulsões se originam em um lugar específico do cérebro (focal) e são motivadas pelo tecido cicatricial, por tumor, por um cisto ou por uma lesão que possa ser corrigida cirurgicamente;
- Dieta cetogênica: é caracterizada por refeições com alto teor de lipídeos (gordura) e baixa ingestão de carboidratos.
Mas, assim como em qualquer condição médica, tudo deve ser estudado e esclarecido com todos os especialistas e com os pais e/ou responsáveis pelo pequeno. Por isso, tirem todas as dúvidas, consultem outras opiniões relevantes, caso julguem necessário e tenham certeza de que estão tomando a melhor decisão pelo bem-estar de seu filho(a) e de sua família.
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