Epilepsia na Escola. De que maneira descreveriam o seu filho(s) ou a sua filha(s)? Lindo(a), a cara da mãe ou do pai, esperto(a), curioso(a)…? Mas ultimamente repararam que tem apresentado crises de ausência, lapsos de memória, convulsões, salivação excessiva, queda abrupta, rigidez no corpo com liberação ou não de urina, e que tem mordido a língua, características que duram segundos ou até mesmo minutos?

Esses são alguns dos sinais mais comuns de uma condição médica que depende do diagnóstico para ser confirmada e pode estar presente em pessoas de qualquer idade, conhecida como Epilepsia. Continue acompanhando este artigo e saiba o que fazer para que a criança conviva da melhor forma possível com essa condição, principalmente no ambiente escolar.

Sinais de Epilepsia no Ambiente Escolar

A epilepsia é uma doença neurológica crônica, em que há uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, mas sem relação com as consequências de outras condições, como febre ou distúrbios metabólicos.

Ela acontece quando as células cerebrais começam a exercer atividades excessivas e anormais por alguns segundos ou minutos, e é caracterizada por repetitivas crises epilépticas, de intervalos variados.

Além disso, pode surgir em forma de alterações da consciência ou de eventos motores, sensitivos, sensoriais, autonômicos (suor excessivo e queda de pressão, por exemplo) ou psíquicos involuntários, que podem ser percebidos tanto pelo próprio paciente quanto por outra pessoa.

Apesar de esse distúrbio não significar que a criança tenha algum tipo de atraso cognitivo ou neurológico, o fato de haver uma falta de informação em relação à epilepsia pode potencializar os episódios de exclusão e bullying, o que acaba prejudicando ainda mais o processo de aprendizagem dos pequenos.

Epilepsia e a Relação com a Escola

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Quando há suspeita ou confirmação do diagnóstico, é importante avisar a escola e verificar se ela está apta para lidar com a criança e atender às suas necessidades, o que inclui auxiliar no atendimento em caso de ter uma crise e tomar o medicamento na hora correta, por exemplo.

E para combater os episódios de isolamento, bullying e evitar situações constrangedoras, é válido considerar um projeto para orientar, conscientizar e ensinar funcionários, professores, coordenação e diretoria, sobre as características da doença, os principais sintomas, procedimentos de primeiros socorros e como podem ajudá-las a fortalecer ou recuperar a autoestima e autoconfiança.

Assim como igualmente é possível promover diálogos, debates, atividades e troca de informações com os alunos para que sanem as suas dúvidas sobre a epilepsia e consigam enxergar os seus colegas com mais igualdade, empatia, amor, carinho e paciência, e também possam estar cientes de como ajudar quando for necessário.

Epilepsia na Escola – Como Proceder Diante de uma Crise

Quando há uma crise, os médicos e especialistas recomendam que os responsáveis pela criança, no momento em que ela ocorrer, devem se atentar e/ou tomar os seguintes cuidados:

  • Colocá-la deitada de costas e em um lugar confortável;
  • Afastar os objetos que possam machucá-la;
  • Proteger a cabeça da criança;
  • Não oferecer comida ou bebida;
  • Levantar o queixo para facilitar a passagem de ar;
  • Afrouxar as roupas;
  • Não lhe dar tapas e não colocar nada em sua boca;
  • Caso esteja babando, mantê-la deitada, com a cabeça voltada para o lado, evitando que se sufoque com a própria saliva;
  • Deixar descansar após a crise cessar;
  • Não puxar a língua;
  • Não jogar água;
  • Se não houver perda imediata da consciência, deixá-la em um ambiente calmo e interromper as atividades.
  • Avisar os pais, assim que possível.

E para mais informações ou caso tenham dúvidas sobre esse diagnóstico e como o assunto pode ser passado à escola para que consigam oferecer as melhores condições de acordo com cada criança e tipo de epilepsia, consulte um Neuropediatra de confiança.

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