O Estado de Mal Epiléptico se trata de uma emergência médica neurológica que envolve convulsões epilépticas com duração aproximada de 30 minutos ou que acontecem sem tempo suficiente para haver uma recuperação entre elas.

Mas o quanto isso pode ser perigoso para uma criança? Continue acompanhando este artigo para saber detalhes sobre o Estado de Mal Epiléptico e o quão perigoso tende a ser para os pequenos.

Relação de Perigo no Estado de Mal Epiléptico

Quando uma criança está em estado de mal epiléptico, corre o risco de ter danos cerebrais e de outros órgãos, insuficiência respiratória, asfixia ou aspiração, edema pulmonar ou morte.

E apesar de as chances para os riscos de perigo variarem de acordo com cada caso, a longo prazo, a criança pode desenvolver epilepsia, apresentar deficiência motora e intelectual, e dificuldades educacionais, por exemplo.

Características do Estado de Mal Epiléptico

Esse tipo de condição, o estado de mal epiléptico, que pode acontecer com qualquer tipo de convulsão e tende a aparecer mais comumente em crianças com menos de um ano e em cerca de dois anos após o diagnóstico de epilepsia, se diferencia das seguintes maneiras:

  • Convulsivo: mais visível, comum e perigoso, consiste de crises tônico-clônicas que acontecem por 30 minutos ou mais, podendo ser contínuas ou se repetindo em breves intervalos se a criança recuperar consciência entre as convulsões;
  • Não convulsivo: o pequeno não chega a apresentar convulsões, mas confusão e sonolência, fazendo com que o quadro seja diagnosticado com o auxílio de um EEG, e pode surgir após as crises convulsivas prolongadas;

Além disso, a condição costuma ser precedida por:

  • Descontinuação repentina de medicamentos antiepilépticos;
  • Distúrbios metabólicos;
  • Estimulação fótica intermitente;
  • Fadiga;
  • Febre;
  • Hiperventilação;
  • Irregularidade ou overdose de medicamentos antiepilépticos;
  • Privação de sono;
  • Uso concomitante de outros medicamentos.

Possíveis Causas

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Apesar de ainda não haver uma resposta exata para o que acontece no cérebro da criança enquanto ela se encontra em estado de mal epiléptico, os pesquisadores sabem que a condição tende a variar conforme a idade e tem ligação com incapacidade de abortar normalmente uma convulsão isolada por causa de inibição ineficaz ou excitação excessiva, anormal e persistente dos neurônios.

Do mesmo modo, também pode ter relação com perda de mecanismos de inibição no cérebro, fluxo sanguíneo deficiente, diminuição do uso de glicose e do consumo de oxigênio.

Logo, as possíveis causas incluem:

  • Descontinuação abrupta das drogas antiepilépticas;
  • Desordem metabólica;
  • Doenças cerebrovasculares;
  • Epilepsia mal controlada;
  • Encefalopatia hipóxica grave;
  • Erro inato do metabolismo;
  • Febre;
  • Infecção;
  • Privação de sono entre os pequenos propensos a convulsões;
  • Traumas;
  • Tumores intracranianos.

Fatores de Risco

Existem alguns fatores que contribuem para um maior risco de ter estado de mal epiléptico, tais como:

  • Apresentar exame neurológico anormal;
  • Pouca idade;
  • Predisposição genética;
  • Receber o diagnóstico de epilepsia com até seis anos de vida;
  • Ter epilepsia sintomática.

Tratamento do Estado de Mal Epiléptico

Geralmente, o tratamento do estado de mal epiléptico costuma acontecer em um hospital com medicamentos intravenosos para interromper as convulsões e com monitoramento da respiração, frequência cardíaca, do pH sanguíneo, dos níveis de várias substâncias no sangue, de temperatura corporal e das funções vitais da criança, assim como há, neste momento, a identificação e o tratamento da causa e das complicações que possam estar associadas.

Logo, ao presenciar uma criança em estado de mal epiléptico, é preciso acionar a emergência médica e realizar os primeiros socorros que incluem colocá-la deitada de lado no chão ou na cama para evitar que se machuque, e esperar a crise passar, por exemplo.

E por se tratar de uma condição de risco, em que os danos nos neurônios surgem de descargas elétricas ininterruptas, quanto antes o tratamento é iniciado, menos chances de a criança ter lesões neurológicas contínuas e mais facilidade para controlar as crises.

Por isso, a ajuda médica deve ser solicitada assim que identificada a condição e a recomendação de realizar um acompanhamento periódico com um especialista em Neuropediatria é constantemente reforçada.

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