Convulsões Febris e Epilepsia são condições diferentes que podem causar preocupação e confusão entre os pais e responsáveis, especialmente ao afetarem as crianças. Por isso, entender as particularidades de cada uma delas, assim como, a forma de manejar essas situações, é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar dos pequenos.

Neste artigo, vamos explorar o que os Pais, e/ou responsáveis, Precisam Saber sobre Convulsões Febris e Epilepsia na Infância, incluindo os sinais, sintomas, o diagnóstico e as orientações de manejo.

O que são Convulsões?

São consideradas convulsões os episódios de atividade elétrica anormal no cérebro que tendem a resultar em movimentos involuntários, alterações na consciência ou comportamentos anormais, podendo ocorrer em qualquer idade, mas que são comumente observados em crianças. Além disso, as convulsões podem acontecer na epilepsia ou não estar relacionadas à condição, como nas convulsões febris.

Convulsões Febris

As convulsões febris tratam-se de crises que ocorrem em crianças, geralmente entre seis meses e seis anos de idade, em resposta a uma febre. Normalmente, essas convulsões são benignas e não indicam a presença de epilepsia, podendo ser classificadas em:

  • Simples: são as convulsões febris mais comuns, durando cerca de 15 minutos, não se repetindo em um período de 24 horas nem são associadas às anormalidades neurológicas;
  • Complexas: tendem a durar mais de 15 minutos, ocorrer mais de uma vez em um período de 24 horas ou envolver apenas uma parte do corpo da criança. Apesar de serem consideradas benignas, as convulsões febris complexas podem exigir uma avaliação detalhada com a médica especialista em Neuropediatria.

O que é Epilepsia?

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por crises epilépticas recorrentes que acontecem devido a uma atividade elétrica anormal no cérebro. E diferentemente das convulsões febris, não está necessariamente relacionada à febre.

E as crises epilépticas podem variar em tipo, frequência e gravidade, assim como são classificadas em duas categorias principais, sendo de epilepsias:

  • Focais: as crises começam em uma área cerebral específica e tendem a causar sintomas variados, a depender da região afetada. Logo, as crianças podem apresentar alterações motoras, sensoriais ou comportamentais;
  • Generalizadas: as crises afetam ambos os hemisférios cerebrais desde o início, como acontece nas crises de ausência, tônico-clônicas e mioclônicas, por exemplo.

Diferenças Entre Convulsões Febris e Epilepsia

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É importante que os pais e/ou responsáveis compreendam as diferenças entre convulsões febris e epilepsia na infância para que possam buscar o tratamento adequado. Para isso, é válido estar ciente de algumas distinções-chave, tais como:

  • Causa: as convulsões febris são desencadeadas por febre, enquanto a epilepsia trata-se de uma condição crônica que pode ocorrer sem febre;
  • Idade de início: as convulsões febris, geralmente, acontecem em crianças pequenas, enquanto a epilepsia pode manifestar-se em qualquer idade;
  • Recorrência: as convulsões febris simples não repetem-se em um período de 24 horas, enquanto a epilepsia é caracterizada por crises recorrentes;
  • Tratamento: as convulsões febris, normalmente, não requerem tratamento a longo prazo, enquanto a epilepsia pode necessitar de medicamentos antiepilépticos e acompanhamento médico contínuo.

Orientações de Manejo para os Pais

Se os pais e/ou responsáveis deparam-se com uma crise de convulsão, é importante que mantenham a calma e sigam determinadas orientações para garantir a segurança da criança, como, por exemplo:

  • Mantenha a calma: tentar manter a calma e não entrar em pânico é uma forma de ajudar a lidar melhor com a situação;
  • Proteja a criança: para isso, afaste objetos perigosos e a coloque em um local seguro, preferencialmente, usando um travesseiro ou algo macio para apoiar a cabeça;
  • Não segure a criança: não tente segurá-la ou restringir seus movimentos durante a convulsão, uma vez que essa atitude tende a causar lesões;
  • Observe a duração: caso a convulsão tenha duração superior a cinco minutos ou se ocorrer uma segunda convulsão, deve prontamente procurar atendimento médico de emergência;
  • Após a crise: posicione a criança de lado para auxiliar na respiração e evitar que se engasgue, permitindo que descanse e recupere a consciência. Em seguida, é comum que fique confusa ou sonolenta;
  • Documente os sintomas: anote o que aconteceu antes, durante e após a convulsão, uma vez que é útil para a médica especialista em Neuropediatria avaliar e diagnosticar corretamente.

Quando Procurar Ajuda Médica?

É fundamental que os pais e/ou responsáveis procurem ajuda médica se:

  • A criança apresentar uma convulsão pela primeira vez;
  • As convulsões forem frequentes ou se houver uma mudança no padrão das convulsões;
  • A criança apresentar dificuldades respiratórias ou não recuperar a consciência após a convulsão.

Diagnóstico

O diagnóstico de convulsões e epilepsia na infância, geralmente, envolve uma avaliação médica abrangente, que pode incluir, por exemplo:

  • Histórico médico: a médica especialista em Neuropediatria tende a fazer perguntas sobre a história médica da criança, incluindo detalhes sobre as convulsões;
  • Exames físicos: um exame físico completo é capaz de ajudar na identificação de sinais de demais condições médicas;
  • Exames de imagem: como ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) podem ser realizados para avaliar a estrutura do cérebro;
  • Eletroencefalograma: o EEG, como igualmente é representado, trata-se de um teste que mede a atividade elétrica do cérebro e pode ajudar a identificar anormalidades.

Tratamento

O tratamento pode incluir medicamentos antiepilépticos, terapia comportamental e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas. Sem contar que o acompanhamento regular com uma médica especialista em Neuropediatria é essencial para monitorar a condição e ajustar o tratamento conforme necessário.

Sendo assim, as Convulsões Febris e Epilepsia na Infância podem ser desafiadoras para os pais e/ou responsáveis, mas, com o conhecimento adequado e suporte médico, é possível gerenciá-las de forma eficaz. E entender as diferenças entre essas condições, assim como saber a forma de agir durante uma convulsão, é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar da criança. Então, se tiver preocupações sobre Convulsões ou Epilepsia, não hesite em agendar uma consulta!

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