Apneia do Sono Pediátrica. Sabe aquele momento em que percebem que passaram horas observando o filho de vocês dormir, seja pessoalmente, através da tela de um aparelho eletrônico ou das duas formas? O contorno do rosto, o formato da boca, a aparência semelhante a um de vocês ou a algum familiar… Enfim, são inúmeros detalhes que se desenvolvem com o passar dos dias.

Mas já se questionaram sobre alguma ação estranha do pequeno, como ronco, sono agitado, respiração irregular, sonolência diurna ou alteração no comportamento? Esses tipos de sinais são característicos da apneia do sono, um distúrbio que costuma atingir crianças de dois a oito anos de idade, conforme é especificado pela American Sleep Apnea Association.

Para entender melhor o que isso significa, como identificar a Apneia do Sono e quais podem ser as Consequências dela para a Saúde do Seu Filho, continue acompanhando este artigo.

Conceito de Apneia do Sono

A Apneia do Sono pediátrica se trata de um distúrbio do sono em que a respiração da criança é parcial ou completamente bloqueada repetidas vezes durante o sono. Isso acontece por causa do estreitamento ou do bloqueio das vias aéreas superiores durante o período de descanso.

Este distúrbio do sono especificamente é dividido em dois tipos: o mais comum nas crianças é a apneia obstrutiva do sono, que é causada por um bloqueio na parte posterior da garganta ou do nariz. O outro tipo é a apneia central do sono, em que parte do cérebro responsável pela respiração não funciona adequadamente.

E, apesar de afetar tanto os adultos quanto as crianças, existem certas diferenças entre o público-alvo. Enquanto nos mais velhos a principal característica é a sonolência diurna, nos pequenos é comum observarmos problemas comportamentais. Assim como as causas também se diferem: a obesidade e o aumento das adenoides e das amígdalas, respectivamente.

Apneia do Sono Pediátrica e os Seus Sintomas

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Dentre as principais características da apneia do sono presentes nas crianças estão:

  • Sono agitado ou perturbado;
  • Hiperatividade;
  • Queda no rendimento escolar;
  • Roncar;
  • Fadiga;
  • Cansaço e/ou dificuldade para acordar;
  • Pausa na respiração;
  • Dificuldades para prestar atenção e para aprender;
  • Adormecer durante o dia;
  • Suor noturno;
  • Bufar, tossir ou engasgar durante o sono;
  • Problemas comportamentais;
  • Respirar pela boca;
  • Dormir em posições estranhas;
  • Baixo ganho de peso;
  • Terror noturno;
  • Urinar na cama.

Fatores de Risco

Assim como a apneia do sono pode se desenvolver por causa do aumento das amígdalas e das adenoides nas crianças, existem outros fatores de risco para o surgimento deste tipo de distúrbio do sono, como:

  • Obesidade ou estar acima do peso;
  • Histórico familiar de apneia;
  • Fazer uso de determinados medicamentos;
  • Síndrome de Down;
  • Anomalia congênita;
  • Paralisia cerebral;
  • Anormalidades no crânio ou no rosto;
  • Doença neuromuscular;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Derrame;
  • Anemia falciforme;
  • Língua grande;
  • Prematuridade;
  • Histórico de baixo peso ao nascer.

Diagnosticando a Apneia do Sono Pediátrica

Através do diagnóstico precoce, é possível prevenir consequências que possam interferir no crescimento, no desenvolvimento cognitivo e no comportamento geral das crianças. Porém, se ele não é devidamente feito, os pequenos podem apresentar complicações para crescer, problemas cardíacos e até mesmo podem acabar morrendo.

Para o diagnóstico ser feito, o médico analisa os sintomas e o histórico familiar, e realiza um exame físico (pescoço, boca e língua, e adenoides). Mas ele também pode solicitar testes mais profundos, como polissonografia (registra a atividade das ondas cerebrais, padrões de respiração, ronco, níveis de oxigênio, frequência cardíaca e atividade muscular enquanto o paciente dorme); oximetria (calcula os níveis de oxigênio e a frequência cardíaca) e eletrocardiograma (mede os impulsos elétricos do coração).

Maneiras de Tratar a Apneia do Sono Pediátrica

Após a avaliação individual, o médico especialista optará pela melhor abordagem para cuidar do seu filho, que pode incluir:

  • Monitoramento para observar se há uma melhora no caso sem a interferência médica ou de procedimentos;
  • Medicamentos;
  • Remoção das amígdalas e das adenoides;
  • Terapia de pressão positiva nas vias aéreas (terapia CPAP);
  • Aparelhos orais (bocais odontológicos);
  • Atividade física e uma alimentação balanceada (no caso de um quadro relacionado ao ganho de peso).

Apneia do Sono Pediátrica e as Possíveis Consequências

Porém, quando a apneia do sono não é tratada como deveria, as crianças podem apresentar consequências que impactarão diretamente na sua qualidade de vida, podendo variar em: sono perturbado; fadiga diurna crônica; dificuldade para prestar atenção na aula (com risco de resultar em baixo rendimento escolar).

Além disso, os pequenos também podem desenvolver hiperatividade, o que tenderia a um diagnóstico equivocado de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) ao invés do distúrbio do sono em questão.

Sem contar que ainda correm o risco de apresentar: dificuldades para socializar; atrasos cognitivos e no crescimento; problemas cardíacos; pressão arterial elevada; maiores chances de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral ou derrame); dentre outras consequências.

Por isso é importante fazer os acompanhamentos conforme é recomendado por médicos, especialistas e todos os envolvidos na área de saúde. Com as medidas necessárias e com o cumprimento delas, os riscos são diminuídos e o seu filho pode ter uma boa qualidade de vida, mesmo dentro de suas limitações, se for o caso.

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