Hiperatividade, dificuldades para se concentrar, ler, escrever ou aprender matemática… No início, vocês até podem achar que se trata de um caso de manha ou de preguiça para não estudar, e com isso, se passam anos até o diagnóstico de que a criança tem algum dos tipos de Distúrbios de Aprendizagem.

O que muitos também não sabem até a confirmação da condição médica, é que este tipo dificuldade pode acabar afetando outras áreas da vida do pequeno, como a autoestima, a motivação e os relacionamentos, por exemplo.
Continue acompanhando este artigo para saber Como Identificar os Distúrbios de Aprendizagem e Quando é o momento de Procurar Ajuda.

Tipos de Distúrbios de Aprendizagem

Os distúrbios de aprendizagem comprometem a capacidade de a criança adquirir e de usar as habilidades acadêmicas ou mesmo de completar as tarefas propostas, principalmente no âmbito acadêmico. Além disso, é uma condição médica em que o pequeno pode ser diagnosticado com mais de um tipo de distúrbio. Dito isso, vou lhes apresentar os mais comuns:

  • Dislexia: dificuldade para ler, escrever e recordar de palavras conhecidas;
  • Discalculia: está relacionada aos conceitos matemáticos, em que existem problemas para realizar desde as operações mais simples até manter a sequência e ter raciocínio lógico;
  • Disgrafia: envolve as áreas da escrita manual, da ortografia e da capacidade de pensar e de escrever ao mesmo tempo;
  • Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH): desatenção, impaciência e impulsividade intensa são algumas das suas principais características;
  • Transtorno de aprendizagem não verbal (TANV): os pequenos apresentam dificuldade com as pistas não verbais, como coordenação e linguagem corporal;
  • Déficit de Processamento Auditivo Central (DPAC): por mais que tenha uma audição normal, a criança não ouve bem, já que o cérebro apresenta dificuldade para processar informações auditivas.

Distúrbios de Aprendizagem e Suas Causas

Existem alguns fatores que podem acabar influenciando no surgimento dos distúrbios de aprendizagem, como pode ser conferido a seguir:

  • Genética: alguns, como os de leitura e de matemática, são hereditários;
  • Condições médicas: crescimento uterino fraco, exposição a drogas lícitas e ilícitas durante a gestação, baixo peso da criança ao nascer, lesões na cabeça;
  • Exposição ambiental: se submeter a altos níveis de chumbo.

Identificando os Primeiros Sinais

Apesar da dificuldade para identificar qualquer tipo de distúrbio de aprendizagem, a criança pode apresentar alguns sinais, como:

  • Dificuldade para entender e seguir instruções;
  • Falta de coordenação (para andar e para praticar esportes) ou de habilidade, como segurar um lápis, por exemplo;
  • Dificuldade para lembrar o que acabou de ouvir;
  • Facilidade para perder ou para substituir lição de casa, livros escolares, dentre outros objetos;
  • Ter dificuldade em entender o conceito de tempo e de espaço;
  • Resistir para fazer a tarefa de casa ou as atividades que envolvam leitura, escrita ou matemática, ou não completar as lições sem que haja uma ajuda considerável;
  • Ser hostil ou apresentar reações emocionais excessivas ao se deparar com desafios ou enquanto realiza uma atividade acadêmica.

Quando Procurar Ajuda Profissional?

A intervenção médica precoce nos distúrbios de aprendizagem é essencial para ajudar a prevenir o desenvolvimento de outras condições, como ansiedade, depressão e baixa autoestima, por exemplo.

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Para isso, é importante ficar atento aos sinais que a criança apresenta, levá-la às consultas de rotina, participar ativamente da vida do seu filho tanto quanto for possível, acompanhar as reuniões escolares regularmente, dentre outras ações que possam fazer sentido para a criação do pequeno.

E, apesar de cada indivíduo ter o seu próprio tempo para desenvolver habilidades e para realizar tarefas, ao suspeitar de que há algo de incomum acontecendo, procure o neuropediatra. Ele provavelmente solicitará testes para descartar outras condições médicas e encaminhará a criança para passar em consulta com profissionais de demais áreas, como o psicólogo, por exemplo, para confirmar o diagnóstico.

Formas de Tratar os Distúrbios de Aprendizagem

Depois que o diagnóstico é feito, o médico, o terapeuta ou até mesmo a escola podem recomendar algumas abordagens que tendem a ser favoráveis, principalmente, quando a intervenção acontece precocemente:

  • Ajuda extra: um especialista em leitura, um professor de matemática ou outro profissional capacitado pode ensinar técnicas para melhorar as habilidades acadêmicas. Assim como, tutores estão aptos a ensinar métodos de organização e de estudo;
  • Programa de Educação Individualizada (PEI): a escola pode desenvolver um plano para que a criança melhore o seu aprendizado estudantil;
  • Terapia: é indicado para alguns tipos de distúrbios de aprendizagem, e auxilia na melhora das habilidades motoras nos casos de quem tem problemas com a escrita;
  • Medicação: pode ser utilizada tanto para diminuir o distúrbio quanto para tratar condições que se desenvolvem a partir dele, como a ansiedade grave ou a depressão, por exemplo.
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