A prematuridade tem sido comumente associada ao aumento de risco para o desenvolvimento do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).  Veja neste artigo mais informações sobre a relação entre o nascimento prematuro e o Transtorno do Espectro do Autismo.

Prematuridade e TEA

Os bebês prematuros são aqueles nascidos antes da 37ª semana de gestação. As crianças consideradas de baixo peso são aquelas que nascem vivas, com massa corporal inferior a 2500 gramas.

A introdução de novas tecnologias, aliada ao conhecimento adquirido na medicina perinatal, tem possibilitado que os bebês prematuros sobrevivam com pesos de nascimento cada vez menores. Consequentemente, estas crianças são mais vulneráveis aos déficits de desenvolvimento, condições incapacitantes e sequelas neurológicas, em relação às demais.

Não são todas as crianças prematuras que desenvolvem alterações neurológicas graves, mas estas estão mais propensas ao comprometimento de algumas áreas de seu desenvolvimento neuropsicomotor.

Este comprometimento pode resultar em alterações nas áreas motora, linguística e cognitiva (podendo apresentar atraso na fala e distúrbios de aprendizagem), déficits de atenção, problemas de comportamento, déficits na coordenação motora, percepção viso-espacial e dificuldades linguísticas da criança.

Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) caracteriza-se por perdas quantitativas e qualitativas nas áreas de comunicação, linguagem, interação social e comportamento, que tornam-se evidentes antes do terceiro ano de idade da criança.

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Muitos autores definem o TEA como incapacidades no desenvolvimento social e comunicativo das crianças, além da presença de comportamentos repetitivos e inflexíveis aos seus padrões de interesse. Tais características manifestam-se em diferentes graus de intensidade, variando de criança para criança e também ao longo do tempo.

Além do autismo, o quadro de Transtornos do Espectro do Autismo abrange a Síndrome de Rett, o Transtorno Desintegrativo da Infância, a Síndrome de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação.

Associação entre Prematuridade e TEA

Estudos com base populacional voltados à prematuridade e TEA têm identificado uma associação entre ambos: tudo indica que a prematuridade e o baixo peso no nascimento configuram fatores de risco para o desenvolvimento do Transtorno do Espectro do Autismo. Isso porque a prematuridade pode interferir no processo de maturação cerebral em pontos cruciais do desenvolvimento da criança.

Prematuridade e TEA – Fatores de Risco

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do TEA em crianças prematuras são:

  • Complicações pré-natais e neonatais (às quais os bebês prematuros estão mais expostos em relação aos demais);
  • Complicações obstétricas durante o parto;
  • Hipóxia neonatal ou sofrimento fetal, caracterizado pela redução ou ausência de oxigênio que deve ser recebido pelo feto através da placenta;
  • Hipotensão arterial materna;
  • Parto cesárea;
  • Idade materna e paterna avançada;
  • Fertilização in vitro.

O acompanhamento do bebê prematuro com o neuropediatra é fundamental para evitar o desenvolvimento de alterações neurológicas.

Fonte: http://tede.mackenzie.com.br/jspui/handle/tede/1560

 

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