Disfagia Infantil. Você já parou para pensar em quantas ações somos capazes de realizar, “automaticamente”, por dia? Bombear sangue ao coração, respirar, produzir saliva, piscar e muitas outras. E dentro desta categoria de funções que realizamos sem pensar também se encontra a deglutição, ou seja, o ato de engolir.
Porém, nem todos conseguem fazê-la desta forma, devido a um comprometimento do gesto de ingerir. E quando isso acontece, damos o nome de Disfagia. Mas espera, isso é grave? Devo me preocupar? Para tirar essas dúvidas e muitas outras, continue acompanhando este artigo para saber mais sobre a Disfagia Infantil, que é uma Dificuldade que a criança encontra Para Engolir.
Disfagia Infantil – Entendendo o Conceito
A Disfagia se trata de uma condição médica em que ocorre uma dificuldade para engolir, em qualquer uma das fases do processo de deglutição (Pré-oral, Oral, Faríngea e Esofágica), causada por: uma alteração neurológica (Disfagia Neurogênica) ou na sua estrutura (Disfagia Mecânica), que acaba interferindo no movimento regular e eficaz, necessário para que os alimentos líquidos ou sólidos cheguem até o estômago.
Mas, a Disfagia Infantil também pode originar-se de:
- Refluxo;
- Condições em que o alimento foi oferecido à criança;
- Secreções gástricas;
- Obstrução mecânica;
- Infecções e inflamações;
- Distúrbios na mobilidade dos músculos da cavidade oral, da faringe ou do esôfago;
- Doenças neurológicas;
- Desordem do sistema nervoso, como paralisia cerebral, afasias e comuns no AVC (Acidente Vascular Cerebral ou derrame), etc.;
- Traumatismo craniano;
- Prematuridade;
- Lesões musculares, como a Distrofia muscular;
- Doenças das vias aéreas;
- Neoplasias;
- Problemas cardíacos;
- Dentre outros.
Sintomas e Diagnóstico da Disfagia Infantil
A Disfagia Infantil não é tão fácil de ser diagnosticada, ainda mais nas crianças. Porém, isso não impede que os pais e/ou responsáveis prestem atenção ao apresentarem sintomas, como:
- Não querer se alimentar;
- Tosse e baba durante as refeições;
- Náuseas e vômitos;
- Engasgos frequentes;
- Demorar para deglutir;
- Regurgitação nasal;
- Dificuldade para coordenar a sucção e a deglutição;
- Cansaço depois de comer;
- Dor ao engolir;
- Espirro após se alimentar;
- Demorar mais do que 30 minutos para concluir a refeição;
- Alteração (esforço maior, ruído, secreção, etc.) na respiração;
- Pigarro durante ou após a deglutição;
- Dor no tórax;
- Entre outras características.
Quando são percebidos, é fundamental que procurem a ajuda médica para que a identificação da Disfagia Infantil seja feita. E, na maioria dos casos, o diagnóstico preciso envolverá a análise de uma equipe multidisciplinar, que poderá ser composta pelos seguintes profissionais:
- Neuropediatra;
- Fonoaudiólogo;
- Otorrinolaringologista;
- Gastroenterologista.
Tratamentos e Providências a Serem Tomadas
Após a confirmação de um quadro de Disfagia Infantil, o especialista estudará o caso para saber qual é a forma de tratamento mais indicada para a criança em questão, que poderá ser clínica (por meio de reabilitação, por exemplo) ou cirúrgica.
E, além disso, os cuidados em casa devem seguir as recomendações médicas, como:
- Se atentar ao risco de qualquer objeto ser levado à boca;
- Evitar deixar ao alcance dos pequenos, brinquedos com peças pequenas;
- Respeitar a faixa etária e as condições individuais de cada um na hora de fazer a introdução alimentar (alimentos pequenos e duros demandam um controle eficiente da mastigação);
- Dentre outras medidas que podem ser aconselhadas pelo profissional que estiver à frente do caso.
Referência: Boston Children’s Hospital
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