Febre Infantil. Ao percebermos que uma criança está muito quieta, o primeiro pensamento que nos ocorre e o mais comum dentre eles é que ela está aprontando alguma coisa, não é mesmo?! Mas, e se neste caso for diferente? Afinal, estar indisposta e com febre, deixa os pequenos tão esgotados e desanimados quanto os adultos.

E convenhamos, só de pensar na possibilidade de seu filho adoecer, lhe apavora tanto quanto os seus piores medos e pesadelos. Porém, nem tudo deve ser visto como uma situação crítica, desde que você se atente aos detalhes.

Acompanhe, neste artigo, tudo o que você precisa saber sobre a Febre Infantil e Quando deve se Preocupar com a Possibilidade de uma Convulsão.

Febre Infantil

Entendendo o Conceito de Febre

A febre é o aumento temporário da temperatura corporal (acima de 37,5º C), que se manifesta, geralmente, por causa de uma doença. Assim como, também é considerada um mecanismo de defesa do organismo, que indica que há algo de errado com a pessoa.

Ou seja, esta condição tem como função melhorar o tempo de resposta das células do organismo para destruírem os invasores (geralmente, vírus ou bactérias). No entanto, como nem tudo funciona perfeitamente, quando este mecanismo falha, começa uma infecção, leve ou grave – varia de acordo com a força do micro-organismo e com a imunidade da pessoa em questão.

Sinais da Febre Infantil

Tanto nos bebês quanto nas crianças, os sintomas mais comuns de febre incluem:

  • Testa quente (isoladamente não é indício de febre);
  • Preguiça fora do comum;
  • Falta de sono;
  • Má alimentação;
  • Desinteresse em jogos e nas brincadeiras;
  • Letargia;
  • Convulsão.

Medindo a Temperatura

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O principal instrumento utilizado para aferir a temperatura são os termômetros, sendo que os três tipos mais comuns e eficazes são os:

  • de mercúrio: a sua ponta metálica é posicionada diretamente na axila e em cerca de três minutos o resultado aparece;
  • digital: geralmente é manejado por enfermeiros e a medição é feita ao aproximar o aparelho da testa ou ao colocar dentro do ouvido do paciente e logo após o “bip”, a marcação é apontada;
  • com ponta mole: é posicionado no ânus da pessoa e depois de três minutos, a temperatura já pode ser consultada.

Dependendo da temperatura corporal ou anal, pode-se dizer que a criança tem algum dos quadros abaixo:

  • Hipotermia – A hipotermia é quando ocorre a queda da temperatura corporal. Nos bebês, ela é indicada por uma medição abaixo de 35,5º C, enquanto que as crianças com mais de um ano de idade, atingem uma marca inferior a 35,4º C.
  • Normal – Em uma situação normal, as temperaturas centrais do corpo podem variar entre 36º C e 37º C (bebês), e de 35,4º a 37,2º C (crianças).
  • Estado Febril – O estado febril é marcado por variações entre 37,1º C e 37,5º C (bebês), e entre 37,4º C e 38,9º C (crianças).
  • Febre – Na febre, a temperatura anal é de, aproximadamente, 37,8° C nos bebês e a corporal varia de 38,1º C a 38,9º C nas crianças com mais de um ano.
  • Febre Alta – Nas crianças, a febre alta é sinal de infecção grave e a temperatura pode ir de 39° C a 39,9º C.
  • Hipertemia – Assim como a febre alta, a hipertemia também é o indício de quadros infecciosos graves. E é marcada por temperaturas acima de 38º C, nos bebês e de 40º C nas crianças com mais de 01 ano de idade.

Febre Infantil e a Possibilidade de Convulsão

Conforme foi mencionado anteriormente na introdução, a febre não representa, necessariamente, um quadro grave de saúde. Mas, é preciso se atentar a alguns detalhes, já que uma de suas funções é indicar que há algo de errado com o paciente.

Quando a criança tem uma febre seguida por uma convulsão (a crise surge logo depois que a temperatura começa a subir) e por perda da consciência, dizemos que o pequeno está tendo uma convulsão febril, em que há a realização de movimentos musculares descoordenados, curtos e súbitos em ambos os lados do corpo.

Apesar de ser uma cena assustadora, não é preciso tomar nenhuma providência drástica ou realizar tratamentos específicos. No geral, as convulsões febris são comuns entre crianças de seis meses a seis anos de idade – ainda mais se já houver um histórico familiar – e acabam desaparecendo por completo, com o passar da idade.

Mas, isso não impede que alguns cuidados sejam tomados. No momento em que o seu filho apresentar este tipo de convulsão, você deve se acalmar e tomar as seguintes providências:

  • Coloque-o de lado, em uma superfície protegida e observe-o;
  • Firme a cabeça dele de lado para que a saliva ou qualquer secreção possa escorrer pela boca naturalmente e não obstrua a sua respiração;
  • Afaste os objetos que possam machucá-lo;
  • Não tente interromper os movimentos;
  • Deixe-o confortável, de preferência, com algo macio embaixo de sua cabeça;
  • Não tente introduzir nada na boca dele;
  • Cronometre o tempo de duração da convulsão;
  • Se durar mais do que cinco minutos, acione uma ambulância ou leve-o, imediatamente, a um Pronto Atendimento;
  • Após o término da crise ele pode ficar confuso ou, até mesmo, sonolento e por isso, precisará dormir por um momento;
  • E mesmo que ele adormeça, leve-o ao médico.

E apesar da preocupação e de todas as causas e indícios, nem sempre é preciso e aconselhável combater uma febre infantil. Mas, na dúvida e para segurança de todos, sempre procure o neuropediatra de sua confiança.

Referência: Stanford Children’s Health

Neurologista Infantil SP - Compartilhe!