Problemas de Memória na Criança. Lápis e papel na mão. Agora podemos começar! Para quê tudo isso? Eu te explico?! Quantas vezes você já não esqueceu o que ia fazer em questão de minutos ou até mesmo, de segundos? “Ah, não preciso anotar, só vou à cozinha pegar um copo de água e já faço” e ao voltar, pronto, esqueceu.
Esta perda de memória recente, apesar de ser comum nos adultos, também podem atingir as crianças, principalmente, após um acidente ou um traumatismo, que provoque lesões no hipocampo, que é uma região de armazenamento das memórias.
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Problemas de Memória na Criança e a Memória de Trabalho
A Memória de Trabalho, que é fundamental para o aprendizado infantil, é a responsável pelo armazenamento temporário e pela manipulação de informações, ou seja, ela absorve os conteúdos pelos sentidos e, posteriormente, arquiva na memória de longo prazo.
Ela é dividida em dois tipos: a Memória Auditiva, em que há a absorção do que é escutado e a Memória Viso-Espacial, quando há a captura do que se vê. E para que ambos funcionem adequadamente, a criança precisa estar totalmente concentrada enquanto escuta uma conversa, uma matéria nova ou o enunciado de uma questão, por exemplo.
Quando os pequenos pedem para o professor repetir as regras de uma brincadeira, pode ser que não tenham prestado atenção, tenham problemas para memorizar o que lhe é ensinado e/ou aprendido, ou ambas as opções. Isso, porque as duas estão interligadas, ou seja, a parte do cérebro que cuida da memória é a mesma que fica responsável por manter o foco e a concentração de qualquer pessoa.
Logo, isso não quer dizer que sejam alunos displicentes ou filhos irresponsáveis, pode significar que, por mais que estudem e estejam atentos à aula ou ao que os pais estão falando, não conseguem memorizar.
Problemas de Memória e os Seus Tipos
Apesar de o assunto em questão estar relacionado ao tempo de armazenamento das informações (Memória de Trabalho), é válido saber que a memória é dividida por tipos, conforme pode ser observado a seguir:
- Memória Semântica: responsável por arquivar o conhecimento da realidade traduzida em palavras, em que se sabe os nomes comuns dos objetos e dos animais, por exemplo;
- Memória de Procedimento (implícita): está relacionada à aquisição de habilidades por meio da repetição de um padrão, como acontece com as capacidades motora, sensitiva e intelectual;
- Memória Episódica: refere-se ao local em que ocorre o armazenamento das experiências de vida da pessoa e das novas aprendizagens;
- Memória Declarativa (explícita): inclui as memórias episódica e semântica, e é a responsável pelo armazenamento dos fatos e dos dados importantes para o conhecimento.
Quanto ao tempo de armazenamento das informações, ele é dividido em:
- Memória de Trabalho: atua no momento em que a informação está sendo passada e é nessa hora que ele é armazenada ou descartada;
- Memória de Curto Prazo: armazena os dados por algumas horas até que sejam definitivamente gravados
- Memória de Longo Prazo: é a que retém a informação de forma definitiva e, praticamente, ilimitada, para que ela seja recuperada a qualquer momento.
Problemas de Memória na Criança e as Suas Causas
Por mais que não seja um quadro clínico comum nos pequenos, o médico deve ser procurado quando a perda de memória estiver relacionada à:
- Um Acidente que lesione a região da memória;
- Uma Encefalite (lesão cerebral);
- Uma Meningite (lesão aguda das membranas protetoras que revestem tanto o cérebro quanto a medula espinal);
- Um sintoma do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) que acontece na memória operacional;
- Um Traumatismo com lesões no hipocampo.
Dicas Para Reverter a Situação
Além da ajuda de um especialista para que o diagnóstico correto seja feito e devidamente tratado, existem alguns hábitos, treinos e estratégias que auxiliam na hora de tentar reverter este quadro de Problema de Memória, como:
- Repetir os nomes próprios ou comuns diversas vezes;
- Fazer anotações;
- Usar uma agenda;
- Preferir por uma alimentação balanceada e adequada para cada um;
- Se atentar às bulas dos remédios e não automedicar as crianças ou qualquer outra pessoa;
- Falar sobre o assunto da maneira mais natural possível, inclusive, entre os colegas de classe;
- Criar uma rotina para bons hábitos noturnos;
- Aceitar o problema e que o seu filho precisa de ajuda e de incentivo para lidar com a situação;
- Valorizar as habilidades que ela ou ele possui;
- Se adaptar à situação;
- Dentre outros.
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